segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mitos Sexuais





Mitos sexuais – algumas questões e respostas

Muitas vezes, as pessoas usam a palavra mitos para designar assuntos rejeitados pela sociedade, contudo a esses assuntos não se denominam de mitos. Os assuntos que a sociedade não aceita, rejeitando-os, são os tabus. O que se denomina por mitos são ideias falsas, erradas nas quais a sociedade acredita como sendo certas e não o são.
De seguida iremos apresentar algumas ideias erradas da sociedade em relação ao tema sexualidade:


  • É verdade que os homossexuais, por serem mais sensíveis, têm uma maior tendência para se dedicarem a profissões pois é exigida uma maior sensibilidade?
    Acreditar que os homossexuais têm profissões específicas por serem sensíveis é como acreditar numa mentira porque há homossexuais camionistas, advogados, políticos, desportistas e também há cabeleireiros e desenhadores, em que também existem heterossexuais. A profissão é independente das opções sexuais do indivíduo.

  • Em relação à homossexualidade, todos os homens têm tendências femininas e todas as raparigas são “maria-rapaz”?
    Não, mas não quer dizer que não haja estereótipos nos organismos de pessoas homossexuais ou mesmo a nível de informação genética. Geralmente as raparigas não são mais masculinas, só por serem homossexuais, que as outras que não são homossexuais nem os homens são mais efeminados que os heterossexuais.

  • Há alguma maneira de prevenir os abusos sexuais existentes contra menores?
    Primeiramente é necessário explicar às crianças que cuidados devem de ter para evitar que sejam vítimas de abusos sexuais. Esses cuidados a serem explicados deverão ser ensinados em casa e na escola contudo não devemos proporcionar à criança uma ideia negativa em relação ao sexo.

  • É verdade que os abusos sexuais são mais frequentes em famílias pobres do que em famílias ricas?
    Essa afirmação não se pode avaliar como sendo verdadeira, pode ser verdade mas também pode ser mentira. Os casos de abusos sexuais não são todos conhecidos portanto não podemos afirmar tal coisa. É importante salientar que este tipo de situações não é exclusivo de certas sociedades.

  • Por vezes quem tem tendências homossexuais ou bissexuais, sentem-se culpados de si próprios, com raiva, ódio e humilhação. Há alguma coisa que se possa fazer para que os indivíduos com diferentes tendências sexuais não se sintam desta maneira?
    É normal que se sintam assim tendo em conta a forma como a sociedade reage a quem tem diferentes gostos sexuais mas se aceitarem a maneira como são, é um princípio para que se sintam melhor. Procurarem grupos, na sociedade, de pessoas com as mesmas tendências pode ser produtivo na medida em que se pode relacionar sem que tenha dúvidas do que os outros possam pensar acerca das suas tendências enquanto homossexual ou bissexual. Podem também aprender com experiências dos elementos desses grupos e compartilhar as suas experiências.

  • Qual o transtorno sexual mais frequente nos homossexuais e bissexuais?
    A depressão é a alteração psicológica que mais é sentida entre homossexuais principalmente quando uma relação acabou. Estas depressões sentem-se mais intensamente do que entre heterossexuais devido, em certos casos, ao abandono de familiares e amigos pelo facto de serem homossexuais, e tudo isso por preconceito.

  • Os homossexuais nascem-se ou criam-se?
    Segundo estudos feitos acerca desta questão indicam que não existem factores hereditários que indiquem a tendência sexual do indivíduo, ou seja, a homossexualidade não é hereditária, contudo, as crianças tendem a imitar comportamentos dos adultos mais presentes nas suas vidas. Mas estes factos não explicam plausivelmente a homossexualidade.

  • Existe algum estudo relacionado com a personalidade dos exibicionistas? Podemos fazer uma descrição genética destes?
    Um estudo actual diz-nos que se tratam de homens, com idades compreendidas entre os 20 e 30 anos, casados e com um coeficiente intelectual superior à média. Não apresentam qualquer transtorno emocional grave contudo têm tendência a serem tímidos, inibidos sexualmente e que se encontram adaptados ao seu trabalho. Na maioria das ocasiões, com apenas um conflito familiar ou uma confrontação com uma autoridade, provoca neles uma situação de stress o um episódio exibicionista.


  • Relativamente a parafilias, por um indivíduo gostar bastante de filmes pornográficos, significa que se deve considerar voyerista?
    Não, apesar da pornografia produzir excitação sexual, o voyerista só se excita quando as suas observações são ilegais ou secretas.

  • “Masturbo-me duas a três vezes por semana e desfruto de imenso prazer com isso contudo, quando tenho relações com o meu parceiro não, principalmente no coito, obtenho muito prazer. Pode ser devido à masturbação? Devia deixar de fazê-lo?”
    É muito frequente desfrutar de mais prazer na masturbação do que no coito. Investigações demonstram que costuma ser assim em muitas mulheres. Há várias razões para que isso aconteça, como por exemplo, o facto de não haver preocupação pela necessidade de provocar excitação no parceiro, a fantasia pode fazer-se calmamente de modo a conhecer o próprio ritmo e explorar os pontos de maior sensibilidade. Se deixar de se masturbar está a negar todas essas possibilidades. A masturbação pode não ser o factor responsável pela ausência de orgasmo durante o coito.

  • “A minha filha tem 13 anos e suspeito que ela se masturba. É normal ou começou cedo demais?”
    Cerca de 37% das raparigas iniciam a descoberta do seu corpo com essa idade através da masturbação. Em relação aos rapazes esta percentagem sobe – de 50% a 60%. Desta forma os jovens começam a descobrir o seu corpo sexualmente, descobrindo formas de obter excitação; fazem-no de forma voluntária e consciente. Não necessita de se preocupar pelo simples facto da sua filha se masturbar: ela pertence a um grupo de adolescentes que iniciou uma nova etapa com vista a descobrir-se melhor a si própria. Com a masturbação, além de lhe proporcionar prazer é um instrumento excelente para que se descubra e conheça.

  • A masturbação é uma doença e um pecado?
    Não. A masturbação é um comportamento normal e pode estar presente em qualquer idade, não é específico de um grupo etário. É importante que este comportamento seja permitido pelos pais dando-lhes a privacidade que necessitam e não deixar que as repressões da sociedade e vergonhas afectem o início de vida sexual da criança. Existem mitos que dizem que quem pratica a masturbação fica com um crescimento anormal dos pelos das mãos, fica louco, epiléptico e esquizofrénico.
    A masturbação e como que um ensaio essencial para a realização sexual de um adulto.
    Em relação a considerar a masturbação como um pecado: em algumas religiões, a masturbação foi considerada como pecado porque era considerado um desperdício de sémen. O acto sexual, para as religiões teria sempre como finalidade a reprodução, geração de mais filhos.


  • O sexo é sujo?
    As secreções vaginais são normais aquando da excitação da mulher, dado facto acontece para lubrificar a vagina com a finalidade da actividade sexual não ser dolorosa devido ao atrito do pénis. Estas secreções são produzidas semelhantemente à saliva da boca. Apenas na presença de infecções, se apresenta mau odor, algum ardor. Relativamente ao homem, o mesmo acontece, denominando-se o lubrificador de sémen que também transporta espermatozóides.
    Pode considerar-se “sujo” na medida em que, no homem, a urina e o sémen saem pelo mesmo orifício; já na mulher, há um orifício por onde sai a urina – uretra, pertencente ao sistema urológico – e o outro vaginal pertencente ao sistema reprodutor.
  • O sexo é limitante?
    Não, o sexo não se “gasta”. Embora algumas pessoas pensem que quanto mais sexo se faz, menos sexo terão em relações futuras. O que pode ocorrer para que as pensem dessa forma e a variação de frequência sexual dependente da idade do indivíduo. Com o passar dos anos, a testosterona – substância responsável pelo desejo sexual – diminui em quantidade porque se vai produzindo cada vez mais. O corpo também começa a ficar cada vez mais fadigado com a idade. Em suma, não é relevante o número de orgasmos na juventude pois não afectará, em nada, o número de relações sexuais que irá ter ao longo da vida.


  • Diz-se na sociedade que se praticar sexo em pé, não se engravida. Tal coisa é verdade?
    Esta afirmação é falsa porque a posição em que é feita a actividade sexual não influencia o factor gravidez. Se tal fosse verdade, em vez de comprarem métodos contraceptivos praticavam sexo em pé pois não haveria risco de engravidar.

  • Quando uma pessoa sem limitações físicas, após sofrer um acidente e ficar paraplégica, perde a sensibilidade na zona dos genitais? E deixam de obter prazer ou desejo sexual?
    Este é um dos grandes mitos da sociedade, não é por não se conseguir movimentar como qualquer outro indivíduo que uma pessoa paraplégica irá deixar de obter prazer durante uma relação ou até mesmo deixar de ter desejo sexual. A pessoa não fica inibida de ter relações sexuais apenas não se move.

  • Os homens chegam ao auge sexual aos 18 anos e as mulheres aos 28?
    É verdade, em relação ao suplemento de hormonas sexuais. A testosterona atinge o pico aos 18 anos nos homens, enquanto que o estrogénio das mulheres chega ao topo depois dos seus 25 anos. Contudo o auge das hormonas não significa o auge da performance sexual.

  • O esperma contém pouco carboidrato? É falso pois o sémen é constituído basicamente de frutose e enzimas. Dai não haver uma Dieta à base de esperma.

  • A masturbação leva-nos a orgasmos mais poderosos?
    É verdade para algumas pessoas mas depende de cada indivíduo.

  • Um pénis erecto, em média, tem 20 centímetros?
    Nem sempre se pode afirmar que o comprimento de um pénis e 20, ou 30. Tudo depende de pessoa para pessoa. O comprimento médio do pénis português é de 9,85 centímetros, quando flácido, e de 15,82 centímetros, em estado erecto.

  • Praticar sexo antes de eventos significativos pode diminuir a sua performance no evento?
    Falso. Foram realizados testes em pessoas duas a dez horas após fazerem sexo e comprovaram que, dez horas depois do sexo os participantes estavam completamente recuperados. Houve só uma pequena queda na performance duas horas depois do sexo.

  • Ao fazer sexo dentro de água mata os espermatozóides?
    É verdade quando se trata de sexo numa banheira com água quente pois pode aquecer demais os testículos e matar os espermatozóides. No entanto não é um contraceptivo fiável.

  • É verdade que se pode ficar viciado em pornografia virtual?
    É verdade, mas o risco é baixo. Apenas 1% de todas as pessoas que pesquisam pornografia na Internet se viciam. 38% dos viciados são casados.

  • A prática do sexo é mesmo bom na cura de dores de cabeça?
    Esta ideia é verdade. Estudos concluíram que quando se tem dores de cabeça, o sexo é o melhor remédio. Os especialistas dizem que estímulos no ponto G têm os mesmo efeitos que remédios contra a dor de cabeça porque não sentem a dor com tanta intensidade.

  • O que significa vaginismo?
    O vaginismo é uma contracção involuntária dos músculos próximos da vagina que impedem a penetração do pénis do parceiro, por dedos ou até por tampões. Essa contracção é involuntária e incontrolável pela mulher mesmo que esta queira essa penetração. Essa contracção pode causar náuseas, pânico. Provoca imenso sofrimento.

  • Um homem é potente sexualmente até que idade?
    Enquanto estiver vivo, enquanto o coração bater, o homem é sempre potente sexualmente. Como é óbvio existem e quadros físicos doenças que impedem o exercício, logo recomendam moderação na actividade sexual.

  • Um idoso é capaz de manter uma erecção?
    Claro que sim. Ao longo do passar dos anos o homem, tal como a mulher, precisa de mais estímulos para que ejacule Enquanto que num jovem a erecção é um processo imediato, no idoso é um processo um pouco mais lento o que não quer dizer que não sinta desejo mas ao longo da idade podemos verificar um maior desgaste físico próprio da idade. Podemos comparar este processo ao de subir uma escadaria: o jovem consegue subir a correr, o idoso sobe mais devagar, mas ambos chegam ao topo.

  • As mulheres perdem o interesse por sexo depois da menopausa?
    As mulheres não perdem o interesse sexual. O que acontece é que as hormonas sofrem uma diminuição de produção com a menopausa. Quando a menstruação cessa de vez, a mulher apenas deixa de ser fértil, não é por não poder ter mais filhos que ela perde o interesse pelo sexo.

  • Porque é que a penetração vaginal é mais difícil depois da menopausa?
    Com a menopausa diminui a mucosa vaginal e reduz-se a lubrificação vaginal, pelo que uma mulher pode sentir desconforto no início da penetração por a vagina ainda não se encontrar suficientemente lubrificada para o acto.

  • As mulheres idosas podem ter orgasmos?
    Podem, porque a capacidade orgânica de ter gozo sexual não diminui com a idade. As mulheres respondem sempre aos estímulos de obtenção de prazer não importa em que idade.

  • O que é a hemofilia?
    A Hemofilia é uma deficiência congénita no processo de coagulação do sangue, de transmissão genética, ligada ao cromossoma X, que se manifesta quase exclusivamente nos indivíduos do sexo masculino e se caracteriza pela ausência ou acentuada carência de um dos factores da coagulação. Por este motivo, esta é mais demorada ou quase inexistente, provocando hemorragias frequentes, especialmente a nível articular e muscular.

  • O que é a dispareunia?
    É considerada com uma disfunção sexual que provoca dor aquando da penetração vaginal na mulher, que pode ser consequência de vários factores, tais como os que vamos apresentar de seguida:
    -Inflamações na vulva, na vagina, no cólon, nas trompas de Falópio ou nos ovários.
    -Malformação anatómica vaginal em que a vagina

  • O Viagra pode causar cegueira?
    A resposta é não. A droga isoladamente não causa cegueira e nenhum caso foi registrado no mundo.

  • As mulheres sentem menos desejo do que o homem?
    Não. A sexualidade é igual no homem e na mulher.

  • A masturbação excessiva leva o homem a impotência e a mulher a anorgasmia (não chega ao orgasmo). Falso. Alem de não ter nada a ver uma coisa com a outra, não há estudos científicos que comprovem tal coisa.

  • A mulher grávida não pode ter relações sexuais, pois pode perder ou magoar o feto. Falso. Durante uma relação sexual normal, não violenta, o pénis não penetra dentro do útero e não fere o feto.

  • O tamanho dos pés, nariz ou das mãos é indicativo do tamanho do órgão sexual. Falso. Não há factos científicos que comprovem tal teoria.

  • A esterilização (vasectomia ou a laqueação), em ambos os sexos, diminui o desejo. Falso. As duas operações cirúrgicas só impedem a gravidez e não alteram nada na sexualidade masculina e feminina.

  • A mulher histerectomizada (que retira o útero em cirurgia) deixa de ter orgasmo. Falso. A retirada do útero só impede que a mulher não engravide, mas as suas respostas sexuais permanecem inalteradas.

  • O tamanho do pénis, do clítoris ou das mamas é indicativo de maior/menor capacidade sexual ou de maior prazer para o parceiro. Falso. A capacidade sexual depende do amadurecimento sexual de cada um e o prazer depende do envolvimento, da excitação e da disposição dos parceiros no jogo sexual.

  • O número excessivo de masturbações quando adolescente faz com a potência sexual diminua quando adulto. Falso. Porém o excesso pode levar a um desgaste físico que atrapalha outras actividades normais nesta faixa de idade como a escola e actividades desportivas.
  • A masturbação faz crescer pelos nas mãos, provoca espinhas e cegueira. Falso. A masturbação é um acto normal e não provoca qualquer doença ou deficiência

  • Algumas DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) podem ser pegas em sanitários públicos ou sem higiene adequada. Falso. Os microorganismos causadores de DST não conseguem sobreviver nestes locais. A forma mais propícia de apanhar DST é no próprio acto sexual.

    Outros mitos:
    Existem muito mais mitos sexuais. Durante a nossa pesquisa encontrámos informação que nos dizia que, na sociedade, acredita-se que a masturbação/manipulação sexual com as mãos faz criar pêlos nas mãos, faz com que as pessoas ganhem alguma debilidade mental – atraso a nível intelectual – causa impotência, faz com que as pessoas que o fazem emagreçam.

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